18.4.12

Comissão diz que crise não agravou maus-tratos a menores

in RR

Armando Leandro sem sinais de um agravamento muito grande nos maus-tratos As denúncias são cada vez menos anónimas, adianta o presidente da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco.

A crise não provocou um “agravamento muito grande das situações” de maus-tratos a menores, segundo o presidente da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco.

Armando Leandro diz que não há dados que apontem para um aumento das crianças mal tratadas e dá conta dos casos que, mesmo assim, vão chegando.

“Não há, neste momento, ainda sinais muito objectivos, muito claros, de um agravamento muito grande das situações. O maior número de casos caracteriza-se pela negligência. A verdade é que implica um perigo muito grande: educacional, parental, de saúde.”

Armando Leandro chama à atenção para os casos de crianças que vivem em lares atingidos pela violência doméstica.

“Uma realidade que tem agora uma grande visibilidade é a violência doméstica. Há muitas crianças, umas vítimas directamente da violência doméstica, outras, indirectamente por assistirem e isso não é menos grave.”

As denúncias são cada vez menos anónimas e as pessoas “começam a dar cada vez mais a cara”, diz o presidente da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco.

Armando Leandro falava à margem da Conferência sobre a Família e o Direito, na Aula Magna, em Lisboa.