in Diário de Notícias
Cerca de dez por cento dos trabalhadores portugueses ganha o Salário Mínimo Nacional (SMN), percentagem que tem vindo a aumentar nos últimos quatro anos, contrariando a tendência do anterior quadriénio.
De acordo com um documento sobre o SMN enviado na terça-feira pelo Ministério da Economia aos parceiros sociais, a percentagem de trabalhadores a receber esta remuneração passou dos 6 por cento em 2007 para os 10,5 por cento em 2010.
Em 2010 o SMN era de 475 euros e em 2011 passou para os 485 euros, que se mantém em vigor.
"Constata-se que nos últimos quatro anos, tem vindo a aumentar significativamente a percentagem destes trabalhadores", reconhece o Governo no documento que vai ser levado à discussão na concertação social, na sexta-feira.
Entre 2003 e 2006, pelo contrário, a percentagem de trabalhadores a ganhar o SMN tinha baixado dos 6,2 por cento para 4,5 por cento.
A maioria das pessoas que recebe o SMN trabalha no imobiliário (15,5 por cento), no alojamento e restaração (16,4 por cento) e noutras atividades de serviços (20,5 por cento).
As percentagens mais baixas verificam-se nos setores da eletricidade, gás, água e saneamento (0,1 por cento).
As mulheres são quem mais ganha o SMN (14,4 por cento), mas em termos setoriais há mais mulheres (25,1 por cento) a receber esta remuneração nos texteis e vestuário.
Em termos globais, os homens representam 7,5 por cento dos trabalhadores que recebem o SMN.
Em 2003 o SMN era de 356,60 euros e em 2006 era de 385,90 euros.