in Diário Digital
O ministro da Educação, Nuno Crato, afirmou hoje que foram gastos cerca de 1.800 milhões de euros no programa Novas Oportunidade, no eixo adultos, um investimento “muito grande” que é necessário rentabilizar. Nuno Crato falava aos jornalistas, à margem do seminário “Sucesso educativo: Desafios e oportunidades”, que decorre em Lisboa, a propósito do estudo sobre o programa Novas Oportunidades, que é hoje apresentado pela secretária de Estado do Ensino Básico e Secundário, Isabel Leite, e o secretário de Estado do Emprego, Pedro Silva Martins.
Escusando-se a avançar as conclusões do estudo, Nuno Crato afirmou apenas que está preocupado com a “qualificação real dos adultos”.
“Nós não queremos, pura e simplesmente, distribuir diplomas e melhorar estatísticas, queremos que os jovens e os adultos melhorem a sua qualificação, mas melhorem de forma significativa para poderem ter um melhor futuro”, defendeu.
O estudo, que vai ser hoje apresentado, “está dentro destas balizas e a nossa preocupação é ver em que medida as coisas podem melhorar”, frisou.
O ministro salientou que, “só no eixo de adultos”, se gastaram 1.800 milhões de euros, um “investimento muito grande”.
“Nós queremos rentabilizar o investimento que é feito na formação de adultos e na formação de todos, como é evidente, com aquilo que, de facto, dá resultado e trás uma qualificação real”, reiterou.
Para o ministro, esta “qualificação real” traduz-se na aquisição de conhecimentos e capacidades.
Nuno Crato lembrou que Portugal está a viver “um momento em que os recursos são muito escassos” e em que “tudo tem de ser dirigido de uma forma muito criteriosa”.
O governante tinha anunciado na semana passada no parlamento que está concluída a primeira parte da análise do projeto Novas Oportunidades, feita pelo Centro de Estudos e Gestão do Instituto Superior Técnico, sob coordenação de Francisco Lima.
Na altura, indicou que as conclusões do estudo "mostram bem as limitações" do programa de certificação de competências, provando que "não há um impacto muito grande em termos de empregabilidade e aumento de remuneração", em quem esteve no programa Novas Oportunidades.
Segundo a agência governamental que gere os centros Novas Oportunidades, destinados à formação de adultos, encerraram desde novembro 97 unidades, mantendo-se a funcionar 302, pelo menos, até agosto.
Os 97 centros, 49 dos quais promovidos por escolas públicas, “não reuniram as condições necessárias para a obtenção de financiamento”, pelo que tiveram, eles próprios, que optar pelo encerramento, de acordo com agência tutelada pelo Ministério da Educação e Ciência.
Diário Digital com Lusa