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Fundo deixa a decisão para o "Governo e para a sociedade". Em causa está a reforma do Estado e o corte de quatro mil milhões.
O chefe da missão para Portugal do FMI afirmou esta sexta-feira que admite um novo aumento de impostos caso essa seja a opção escolhida pelo país. Abebe Selassie referiu-se a esta hipótese como uma alternativa ao corte de quatro mil milhões na despesa do Estado.
"Deixámos para o Governo e para sociedade ter um diálogo e decidir que cortes na despesa são desejáveis e ouviremos as conclusões a que o Governo chegar. Se decidirem que são preferíveis aumentos de impostos, tentaremos ver como isso pode ser incorporado no programa", disse o chefe da missão do FMI numa conferência por telefone a partir de Washington e na qual apresentou aos jornalistas os resultados da sexta avaliação do programa de assistência económica e Financeira a Portugal.
Ainda assim, Abebe Selassie afirma que "têm sido evidentes" as queixas da sociedade de que existe uma excessiva concentração da consolidação pelo lado dos impostos. Nesse sentido, diz que o FMI apresentou alternativas do lado da despesa.
"Demos apoio técnico alargado ao Governo, através do qual apresentámos várias opções onde a despesa podia ser cortada no futuro. Penso que é um elemento importante deste apoio e é preciso sublinhar que se tratam apenas de sugestões e algo que apresenta opções", referiu Selassie a propósito da discussão sobre a reforma do Estado e as opções para se cortar os quatro mil milhões de euros propostos pelo Governo.