in Jornal de Notícias
A Confederação Empresarial Portuguesa - CIP considera que em janeiro de 2014 já haverá condições para aumentar o salário mínimo para um valor acordo com todos os parceiros sociais, em resposta à CGTP, que quer um aumento imediato para 515 euros.
"Estou convencido de que chegaremos ao final de 2013 com condições para, em janeiro de 2014, se poder aumentar o salário mínimo com base no valor que vier a ser encontrado por todos os parceiros", disse o presidente da CIP, António Saraiva, aos jornalistas no final do encontro, em Lisboa.
A central sindical e a CIP estiveram reunidas no âmbito da preparação de uma posição consensual sobre o salário mínimo nacional para apresentar ao Governo em concertação social.
A CGTP enviou um projeto de documento sobre a atualização do Salário Mínimo Nacional (SMN), as portarias de extensão e a contratação coletiva. No texto, a que a agência Lusa teve acesso, a Intersindical faz uma análise da situação económica e social, defende algumas medidas para promover o crescimento económico e apresenta uma posição para ser subscrita por si própria e pela CIP, para ser posteriormente entregue ao Governo.
Além da reivindicação do aumento do SMN com efeitos a janeiro, a CGTP propõe que ambos os subscritores não negoceiem em contratação coletiva valores salariais abaixo dos 515 euros e que a CIP recomende aos seus associados que não pratiquem valores inferiores.
No final do encontro, o secretário-geral da central sindical, Arménio Carlos, disse aos jornalistas que considera existirem condições para atualizar o SMN até aos 515 euros já este ano e com efeitos retroativos a janeiro, referindo no entanto "estar disponível" para fazer algum "ajustamento" em relação ao momento em que tal acontecerá.
"Estamos a falar objetivamente de um euro de aumento", sublinhou o sindicalista.
Para segunda-feira, de manhã, está previsto idêntico encontro com a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, que, entretanto, convidou a UGT para uma reunião com o mesmo objetivo, que se realiza na tarde de 1 de abril.
Na manhã do mesmo dia a UGT encontra-se com a CIP. Estes encontros bilaterais realizam-se depois de vários debates em sede de Concertação Social, sem resultados objetivos, sobre os mesmos temas.