por Edgar Caetano, in Negócios on-line
Documentos confidenciais citados pela Bloomberg mostram que os governos europeus garantem que o envolvimento dos depositantes no resgate ao Chipre não terá sido um precedente para futuros resgates, ao contrário das indicações dadas pelo presidente do Eurogrupo.
“O programa cipriota não é um modelo, mas decisões que são feitas à medida da situação muito excepcional do Chipre”, pode ler-se no documento que foi terça-feira subscrito pelos ministros das Finanças da Zona Euro e que serve como orientador para as explicações públicas que cada um dos responsáveis dará nos respectivos países.
O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, que liderou as negociações com o governo cipriota, causou fortes quedas nas bolsas na segunda-feira e terça-feira, sobretudo nas acções da banca dos países “periféricos”. Não utilizou a palavra “modelo” – essa palavra constava da pergunta dos jornalistas do "Financial Times" – mas o seu raciocínio indicava que futuros problemas poderiam responsabilizar mais os credores e depositantes (acima de 100 mil euros) e menos os contribuintes europeus.