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A taxa de poupança das famílias aumentou dos 9,1% em 2011 para os 11,6% do rendimento disponível em 2012, devido ao crescimento da poupança corrente no ano passado, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados nesta quinta-feira.
De acordo com dados divulgados nesta quinta-feira pelo INE, a taxa de poupança das famílias (11,6%) corresponde ao valor mais elevado da série, iniciada em 1999.
"Este aumento da taxa de poupança tem subjacente uma redução de 0,9% do rendimento disponível em 2012, que foi mais do que compensada pela acentuada diminuição da despesa de consumo final (taxa de variação de -3,7% em 2012)", explica o INE.
A queda do rendimento disponível em 2012 deveu-se sobretudo à redução das remunerações recebidas pelas famílias, que caíram 7,2%.
No entanto, acrescenta o INE, o aumento do saldo das contribuições e prestações sociais e o aumento do saldo de rendimentos de propriedade permitiram "atenuar o impacto da redução das remunerações no rendimento disponível".
Já a capacidade de financiamento das famílias passou dos 4,1% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2011 para os 6,4% do PIB em 2012, o que o INE explica sobretudo com o aumento da poupança corrente e com a redução do investimento, que passou de uma variação de -7,2% em 2011 para -9,1% em 2012.