in Jornal de Notícias
Portugal está, em 2013, no grupo dos países "inovadores moderados", a par da Espanha e da Itália, entre outros, com desempenho abaixo da média da União Europeia, segundo o Painel de Avaliação da Inovação, divulgado em Bruxelas esta terça-feira.
Segundo o painel, que qualifica os Estados-membros em quatro grupos de países, os líderes em inovação são a Suécia, a Alemanha, a Dinamarca e a Finlândia registam resultados mais de 20% acima da média da União Europeia (UE).
Os seguidores em inovação são Holanda, Luxemburgo, Bélgica, Reino Unido, Áustria, Irlanda, França, Eslovénia, Chipre e Estónia e apresentam desempenhos 10% abaixo da média da UE.
O grupo dos inovadores moderados (Itália, Espanha, Portugal, República Checa, Grécia, Eslováquia, Hungria, Malta e Lituânia) tem desempenhos abaixo da média da UE, isto é, entre os 50% e os 90% dos 27.
Polónia, Letónia, Roménia e Bulgária são os inovadores modestos, com desempenho mais de 50% abaixo da média da UE.
Em relação a Portugal, a avaliação de 2013 constata que as debilidades se concentram no indicador "investimentos empresariais", que diminuiu 13,8%, enquanto se registam grandes melhorias nas co-publicações científicas internacionais, que aumentaram 12,5%, em relação a 2012.
O número de doutorandos oriundos de fora da UE aumentou, em Portugal, 15%.
Os 24 indicadores estão agrupados em três categorias principais e oito áreas.
Os "elementos determinantes" (enablers) são os fatores de base que propiciam a inovação (recursos humanos, sistemas de investigação de excelência, abertos e apelativos, e o financiamentos e os apoios).
A segunda categoria é a das "atividades empresariais" (firm activities), em que se concentram os esforços de inovação das empresas europeias (investimento das empresas, ligações e empreendedorismo, e capital intelectual).
Em terceiro lugar, estão elencados os "resultados" (outputs), que mostram como os outros elementos se traduzem em benefícios para o conjunto da economia (inovadores e efeitos económicos, incluindo a nível do emprego).
Em Portugal, os indicadores de efeito económico registam crescimento, à exceção do indicador "receitas de patentes e licenças obtidas no estrangeiro", que baixou 4,4%.