in Jornal de Noticias
O preço por hora da mão-de-obra em Portugal registou, no primeiro trimestre, a quarta maior descida anual entre os países da União Europeia, onde esse valor aumentou 1,9%. Os dados foram divulgados esta segunda-feira, pelo Eurostat.
De acordo com os dados divulgados pelo gabinete de estatísticas comunitário, o valor observado no conjunto dos países que partilham a moeda única aumentou 1,6%, o que compara com um crescimento de 1,3% registado nos três meses anteriores, enquanto a subida observada na União Europeia surge após um aumento de 1,3%.
Em Portugal, o custo por hora da mão-de-obra no conjunto da economia registou uma descida de 0,3% entre janeiro e março deste ano, a quarta maior queda entre os Estados-membros, depois das descidas observadas na Eslovénia (-3,8%), em Espanha (-0,7%) e em Chipre (0,5%), enquanto os maiores crescimentos pertenceram à Roménia (8,6%) e à Estónia (7,5%).
Na zona euro, os custos horários da mão-de-obra progrediram, nos primeiros três meses deste ano, a uma taxa anual de 3,3% na indústria, de 1,8% na construção, de 1,3% nos serviços e de 0,9% nas atividades que não estão sujeitas às regras de mercado (associadas ao setor público).
Já na UE, os custos horários da mão-de-obra a aumentaram 3,4% na indústria, 1,7% na construção e nos serviços e 1,4% nas atividades que não estão sujeitas às regras de mercado.
Em Portugal, nas atividades sujeitas a regras de mercado (associadas ao setor privado), foi registado um decréscimo de 0,6%, enquanto nas áreas que não estão sujeitas às regras de mercado foi observada uma subida de 0,3%.
Os custos horários da mão-de-obra em Portugal avançaram a uma taxa anual de 3,6% na construção, enquanto na indústria e nos serviços foram registadas descidas de 1,3% e 1,1%, respetivamente.
O índice de custo da mão-de-obra é um indicador conjuntural da evolução dos custos horários suportados pelos empregadores e é calculado dividindo o custo da mão-de-obra pelo número de horas trabalhadas.