1.8.08

"Segunda reforma" que ajuda a comprar os remédios

José Vinha, in Jornal de Notícias

Margarida Silva, 85 anos, moradora no Largo da Ajuda, em Penafiel, foi das primeiras idosas a receber o Complemento Solidário para Idosos. Desde há dois anos que a octagenária recebe 96 euros, uma "segunda reforma". É um pequena verba, mas o suficiente para fazer face ao custo de medicamentos e a outras despesas de vida.

Foi a irmã Ilda, de 80 anos, com quem vive desde pequena, que viu na televisão "o anúncio da segunda reforma". Ilda entendeu que a situação de Margarida se enquadrava no Complemento Solidário para Idosos (CSI) e deslocou-se à Segurança Social. "É pouco dinheiro, mas é sempre uma ajuda que não podemos desperdiçar porque os medicamentos estão caros", frisa Margarida.
As duas idosas, Margarida e Ilda, vivem ambas numa pequena habitação no Largo da Ajuda, em Penafiel. Ilda ficou viúva há alguns e aufere duas reformas, mas Margarida, solteira, apenas teve direito à reforma mínima. Justamente por isso, o CSI de 96 euros veio dar "um grande jeito" para fazer face às despesas da vida. "Tenho aqui um saco cheio de medicamentos e alguns deles até são caros", explicou Margarida, a "Guidinha" para os amigos, que precisa de óculos novos.

Nenhuma da irmãs sabe ler, o que dificulta apurar com rigor o rendimento familiar, mas ambas sabem que com a ajuda do CSI passou a haver "uma folga maior".