1.8.08

Tâmega é a região com menor rendimento

in Jornal Público

As Contas Regionais de 2006 esta semana divulgadas pelo INE não só confirmam que o Norte é a região com mais baixo rendimento per capita no contexto nacional, mas que continua também em processo de divergência em relação à média da União Europeia, mesmo quando considerados os actuais 27 Estados-membros.

A novidade é que, pelo segundo ano consecutivo, a região cresce um pouco acima da média nacional, tendo-se registado um incremento de 1,7 pontos percentuais para o Norte, enquanto a média de crescimento do país se cifrou nos 1,4%. No ano anterior, a diferença foi de escassos 0,1%, mas os números revelam uma inversão da tendência de divergência em relação à média nacional que se arrastava ao longo da última década.

Com excepção de 2001, o rendimento do Norte tinha crescido sempre abaixo da média nacional entre 1996 e 2005. Outra novidade é o facto de o Norte ter crescido pela primeira vez acima das regiões do Centro (1,6%) e de Lisboa (0,6%), mas abaixo da generalidade das restantes regiões do país. A que mais cresceu foi os Açores (3,3%), seguida pela Madeira (2,8%) e Algarve (2,5%), tendo o Alentejo (1,5%) crescido também ligeiramente abaixo do Norte.

Importa registar, no entanto, que quase 84% do produto nacional resulta do somatório das regiões de Lisboa (36,8%), Norte (28%) e Centro (19%). Olhando para o que se passa no interior das regiões, constata-se que é também a norte que está a sub-região com menor rendimento no todo nacional, enquanto a Grande Lisboa se destaca no topo da tabela, com um rendimento per capita que corresponde a 164% da média nacional. O Tâmega não passa dos 66% e é a região mais desfavorecida, seguida pelas sub-regiões do Pinhal Interior Norte (no Centro) e do Alentejo Central.