17.1.13

Desemprego em Castelo Branco ultrapassa os 14 mil

in Jornal de Notícias

O número de desempregados no distrito de Castelo Branco já superou os 14 mil e a emigração jovem aumenta, disse, esta terça-feira, o coordenador da União de Sindicatos de Castelo Branco da CGTP, Luís Garra.

Aquele responsável falava à Lusa após uma reunião de sindicatos realizada em Castelo Branco, em que foi analisada a situação económica e social no distrito e preparada a manifestação a realizar no dia 16 de fevereiro, na Covilhã.

Com os números de novembro de 2012 em cima da mesa, Luís Garra alerta para o facto de o número de desempregados "já ultrapassar largamente os 14 mil" no distrito, culpando o "processo de recessão" que conduz à "insolvência de empresas".

Ainda segundo a União de Sindicatos de Castelo Branco (USCB), "há uma diminuição do desemprego jovem, o que poderia ser uma boa notícia", mas não é, refere o dirigente sindical.

"Uma análise detalhada mostra que as ofertas de emprego foram diminutas, ou seja, não foi pela empregabilidade que o desemprego jovem diminuiu, mas sim pela emigração. E isto é dramático para o país e, em particular, para o distrito", destacou.

Um drama especial para a região devido ao envelhecimento da população e a desertificação do território," sem que haja capacidade de fixar jovens qualificados, que estão a ser atirados para fora do país".

Um problema que não será resolvido com medidas de apoio à contratação de jovens, como as que têm sido lançadas pelo Governo, alerta Luís Garra, uma vez que "os patrões só contratam se precisarem, se houver vendas ou serviços para prestar" e que devido à recessão "não existem".

A USCB reafirma como objetivo a necessidade de derrubar o executivo "com urgência e provocar eleições: o que sai caro ao país é manter este Governo", acrescentou o dirigente sindical.

No dia 16 de fevereiro, em que haverá manifestações em todo o país, os sindicatos da CGTP do distrito de Castelo Branco vão juntar-se na Covilhã às 15 horas, no Campo das Festas, para aquela que Luís Garra espera venha a ser "a maior manifestação dos últimos tempos no distrito".

O sindicalista lança o apelo para "a participação de todos aqueles que não se revejam nas políticas" do Governo, "sem preconceitos".