por Lucília Tiago, in Dinheiro Vivo
O valor do crédito em incumprimento das famílias e empresas junto da banca somava em novembro a 15,9 mil milhões de euros. Os particulares são responsáveis por cerca de um terço deste montante.
No penúltimo mês de 2012, o volume de crédito considerado de cobrança duvidosa das famílias portugueses conheceu um novo agravamento, tendo aumentado 53 milhões de euros face a outubro. Esta tendência fez com que o malparado tenha atingido um valor total de 5,08 mil milhões de euros, o que traduz um novo máximo histórico.
A malparado dos empréstimos contraídos para a compra de casa representa cerca de metade deste valor, ainda que o rácio de incumprimento do crédito hipotecário mantenha um nível baixo.
À situação dos particulares, juntam-se os 10,8 mil milhões de incumprimento do lado das empresas.
Esta tendência reflete o acentuar da crise e a cada vez maior dificuldade que famílias e agentes económicos têm em pagar os empréstimos contraídos junto da banca.
Ao mesmo tempo, os bancos continuam a restringir o acesso a novos crédito, sendo a conjugação deste apertar de critérios com as amortizações dos créditos antigos que vão sendo feitas, que justifica que o valor total dos empréstimos era em novembro de 134,4 mil milhões de euros, o que representa uma descida de cerca de 500 milhões de euros em apenas um mês.


