Miguel Pardo, in Expresso</i>
Taxa de desemprego permaneceu em 6,7% no primeiro trimestre, ao nível do trimestre anterior, mas a população empregada teve a primeira quebra em termos homólogos desde 2013, informou o INE
A população empregada em Portugal baixou 0,3% no primeiro trimestre em comparação com o mesmo período do ano passado, naquela que é a primeira variação homóloga negativa desde o terceiro trimestre de 2013, informou o Instituto Nacional de Estatística (INE).
No primeiro trimestre estavam empregadas 4,86 milhões de pessoas em Portugal, menos 0,3%, ou menos 14,3 mil, do que em igual período do ano passado. O emprego também baixou 0,9% (menos 41,7 mil empregados) em comparação com o último trimestre de 2019.
O INE explica que a queda em cadeia (face ao último trimestre do ano anterior) é normal: aconteceu na maioria dos primeiros trimestres desde 2011.
Mas em termos homólogos o primeiro trimestre já apresentou uma tendência nova.
"Em relação ao trimestre homólogo de 2019, a população empregada diminuiu 0,3% (14,3 mil), contrariando a série de variações homólogas positivas iniciada no quarto trimestre de 2013 e em desaceleração desde o primeiro trimestre de 2018", refere o INE.
Segundo a mesma fonte, a taxa de desemprego do primeiro trimestre foi de 6,7%, valor igual ao do trimestre anterior e inferior em 0,1 pontos percentuais ao do período homólogo.
A população desempregada foi estimada em 348 mil pessoas, número que traduz uma redução de 1,2% em cadeia (menos 4,3 mil desempregados) e menos 1,5% em termos homólogos (menos 5,5 mil desempregados).
Já a população inativa com mais de 15 anos foi estimada em 3,67 milhões de pessoas, tendo aumentado 1,9% (mais 68 mil inativos) face ao último trimestre de 2019 e tendo crescido 1,4% (mais 50 mil inativos) face ao primeiro trimestre do ano passado. Foi o maior aumento trimestral dos inativos num primeiro trimestre desde 2011.
O INE nota ainda que houve um aumento de 33% da população empregada ausente do trabalho, situação que no primeiro trimestre abrangeu 452 mil pessoas (9,3% da população empregada). "Este aumento ficou a dever-se essencialmente à redução ou falta de trabalho por motivos técnicos ou económicos da empresa (inclui a suspensão temporária do contrato e o layoff, razão apontada por 68,3 mil daquelas pessoas)", explica o INE.