Joana Gorjão Henriques, in Público
Esperança de vida à nascença está agora nos 80,72 anos. Pandemia fez aumentar número de mortes sobretudo entre quem tem mais de 60 anos.A esperança de vida à nascença diminuiu 4,1 meses para toda a população: fixou-se nos 80,72 anos quando era de 81,06 anos. Este é o resultado do aumento do número de óbitos no contexto da pandemia, sobretudo entre quem tem 60 ou mais anos, mostram os mais recentes dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).
Do triénio anterior, 2018-2020, para este, 2019-2021, a redução da esperança de vida à nascença “foi equivalente ao progresso observado nos últimos quatro períodos, retomando valores próximos dos estimados para 2015-2017 (com 80,78 anos)”, afirma o INE.
A diminuição foi maior nos homens do que nas mulheres, mostram ainda as tábuas de mortalidade: à nascença, os homens podiam esperar viver 77,67 anos e as mulheres 83,37 anos, o que é uma diminuição de 4,8 meses para os homens e de 3,6 meses para as mulheres.
Já a esperança de vida aos 65 anos, no período 2019-2021, também diminuiu 4,1 meses e foi agora estimada em 19,35 anos para o total da população. Igualmente se verificaram diferenças entre os sexos: aos 65 anos, os homens podiam esperar viver mais 17,38 anos e as mulheres 20,80 anos, o que correspondeu a uma redução de, respectivamente, 4,6 e 3,7 meses relativamente a 2018-2020. Segundo o INE, a redução da esperança de vida aos 65 anos neste triénio retomou valores próximos dos estimados para 2014-2016 (19,31 anos) e equivaleu ao progresso observado nos últimos cinco períodos, retomando valores próximos dos estimados para 2014-2016 (19,31 anos).