in Jornal de Notícias
A confiança dos consumidores em Portugal atingiu um mínimo histórico em outubro, segundo dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística.
O indicador de confiança dos consumidores (calculado através de inquéritos a particulares) caiu para -61,1 pontos. Este valor é um saldo entre respostas extremas; um número negativo significa que houve mais respostas pessimistas do que otimistas.
Desde janeiro que a confiança dos consumidores vinha a melhorar sucessivamente todos os meses, mas em setembro sofreu uma quebra abrupta; em outubro, esta quebra agravou-se mais ainda, estabelecendo um recorde negativo.
Os valores para outubro mostram que quase todos os componentes do indicador caíram para mínimos - tanto as expectativas para a evolução da situação financeira própria como para a situação económica do país. As expectativas para a evolução do desemprego também se aproximaram de um recorde negativo.
Estes números referem-se apenas a este mês. Os indicadores de confiança do Instituto Nacional de Estatística (INE) são normalmente apresentados através de médias móveis de três meses dos saldos de respostas extremas a inquéritos.
O recurso às médias móveis de três meses serve para ultrapassar o impacto de efeitos sazonais. Considerando a média de três meses, os números de outubro representariam mesmo assim uma quebra importante, embora não recorde.
A inversão na tendência do indicador de confiança dos consumidores coincidiu com o anúncio, no mês passado, de novas medidas de austeridade