31.10.12

Taxa de desemprego baixa de 15,8% para 15,7%

Por Pedro Crisótomo Público on-line

A taxa de desemprego em Portugal baixou de forma ligeira de Agosto para Setembro, recuando para 15,7%, revelou esta quarta-feira o Eurostat.

É a primeira vez em meses que a taxa recua, mas a percentagem de pessoas que estão fora do mercado de trabalho mantém-se num nível historicamente elevado – idêntico ao observado em Junho e Julho deste ano.

O desemprego tem vindo a subir sucessivamente para níveis recorde e o Governo prevê, aliás, que assim continue, com um crescimento da taxa para 16% em 2013 (uma projecção que alguns economistas consideram conservadora, tendo em conta as perspectivas de deterioração da economia com o impacto do aumento da carga fiscal e do clima económico).

A taxa estabilizou nos 15,7% em Junho e Julho, mas, no mês seguinte, voltou a subir. Apesar de Agosto ser normalmente um mês de baixa do desemprego por causa das actividades sazonais na época alta do turismo, bateu um novo máximo desde o início da divulgação destes dados pelo Eurostat (15,8%).

A diferença de Agosto para Setembro é muito pequena – de apenas uma décima – e é ainda provisória, podendo ser revista no próximo mês pelo instituto estatístico, como aconteceu nos dados conhecidos hoje conhecidos em relação aos dados de Agosto (antes o Eurostat apontava para uma taxa de 15,9%).

O novo valor continua muito elevado no total da população activa. E essa preocupação está, aliás, expressa pelo Eurostat nos dados que agora divulgou: olhando para o último ano, Portugal teve um dos maiores aumentos da taxa de desemprego de toda a União Europeia (UE), depois da Grécia (os dados de Setembro ainda não são conhecidos), de Chipre e de Espanha. Em Setembro de 2011, o desemprego em Portugal estava nos 13,1%; um ano depois, a taxa chega aos 15,7%.

No caso de Portugal, os números do Eurostat são calculados com base em informação do INE – que só publica informação trimestral do desemprego – e calibrados com dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional. Os dados mais recentes do INE são relativos ao segundo trimestre (15%).

Desemprego na zona euro cresce
Na zona euro, a taxa de desemprego continuou a crescer em Setembro, passando para 11,6%, um valor historicamente elevado, enquanto no conjunto dos 17 países da UE, manteve-se em 10,6%.

Só em relação ao desemprego europeu são divulgados números absolutos sobre o total de pessoas fora do mercado de trabalho. Nos países da moeda única, há 18.490 milhões desempregados, número que sobe para 25.751 milhões somando o dos restantes países da UE.