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O actual sistema pode tornar-se "insustentável", alerta o presidente do Instituto de Seguros de Portugal.
O presidente do Instituto de Seguros de Portugal (ISP) alerta que as pessoas devem ter a consciência de que a pensão do Estado provavelmente não vai ser suficiente e devem "complementar a sua reforma" através de outros instrumentos.
"As sociedades ocidentais envelhecem. A esperança de vida aumentou fortemente e continuará a aumentar", disse José Figueiredo Almaça numa conferência sobre "A Literacia Financeira e o Financiamento do Investimento", associada ao dia da formação financeira, no âmbito do Dia Mundial da Poupança, que esta quarta-feira se assinala.
Esta evolução demográfica fará com que "em poucas décadas, a proporção entre trabalhadores em relação a reformados se reduza acentuadamente" - ou seja, cada vez menos trabalhadores no activo para cada vez mais reformados. Isso, acrescenta o presidente do ISP, pode fazer com que o actual sistema se torne "insustentável".
"Se queremos evitar que o nível de rendimento se reduza quando chegamos à reforma, temos de complementar as pensões do Estado com outros instrumentos", disse Figueiredo Almaça.