Francisco Sarsfield Cabral, in RR
Depois de um breve período de crescimento económico, durante o qual conhecemos a novidade da imigração, Portugal volta a ser um país de emigração.
No século XIX os portugueses emigravam sobretudo para o Brasil e de lá mandavam muito dinheiro para a sua pátria de origem. A quebra no câmbio da moeda brasileira, desvalorizando as remessas dos emigrantes, foi um dos factores da bancarrota do Estado português em 1891.
Mais perto de nós, nos anos 60 sobretudo, surgiu em força a emigração para países europeus, com a França à cabeça. Curiosamente, a década de 60 foi o período de maior crescimento da história económica portuguesa. Mas a pobreza era então tanta que muita gente foi levada a procurar lá fora uma vida melhor.
Agora, aumenta de novo a emigração portuguesa. A novidade é que, além de mão-de-obra pouco qualificada, emigram jovens preparados do ponto de vista académico, que não encontram no país trabalho correspondente às suas habilitações – as quais foram proporcionadas e pagas por Portugal.
Uma perda para o país, esperemos que transitória.