por Rosário Silva, in RR
Dez gabinetes, ateliers, salas de formação, um espaço virtual e uma zona de recepção. O novo projecto de Ferreira do Alentejo está à espera de quem queira dar sentido prático à palavra “empreendedor”.
A pensar no ano difícil que aí vem para os portugueses, em Ferreira do Alentejo, o município aposta tudo no empreendedorismo e desafia os jovens a lançarem o seu próprio negócio.
A autarquia, que investiu 720 mil euros num espaço a que chamou “Ninho de Empresas”, recusa a ideia de ser mais um projecto igual a tantos outros, mas pretende que se destaque pelo grau de inovação e criatividade.
Dez gabinetes, ateliers, salas de formação, um espaço virtual e uma zona de recepção. O “Ninho de Empresas” de Ferreira do Alentejo está à espera de quem queira dar sentido prático à palavra “empreendedor”, numa região que quer apostar no emprego e fixar jovens que aceitem verdadeiros desafios para contrariar o conformismo.
“O mercado de trabalho tem de ser desenvolvido no âmbito da criação do próprio negócio, do fomento da actividade económica pelos próprios meios. É uma forma muito inovadora e muito determinada, para tentar inverter os números brutais de desemprego jovem”, explica o autarca Aníbal Costa.
O presidente da Câmara de Ferreira do Alentejo, também ele um jovem autarca, refere a existência de uma equipa dedica em exclusivo à dinamização do espaço, que recebe ainda o Centro de Desenvolvimento Económico e Captação de Investimento.
As expectativas são de optimismo, tendo em conta o interesse que está a provocar. Ao projecto associam-se universidades, empresas privadas e entidades bancárias, o que à partida dá garantias de um financiamento mais confortável.
O concelho alentejano delineou uma estratégia de desenvolvimento económico que é também um desafio a quem queira verdadeiramente trabalhar. “Nós queremos não ser só a capital do azeite ou o território com mais terra arável que beneficia do mais moderno perímetro de rega do mundo, ou ainda o segundo território em Portugal com mais produção de energia solar. Queremos mais, queremos também ser uma referência nacional ao nível do empreendedorismo”, avança Aníbal Costa.