Escolas temem corte na acção social escolar

por Fátima Casanova, in RR

“Notamos que as famílias estão a passar dificuldades, no vestuário, no calçado, nos manuais ou na disponibilidade financeira para compras na escola”, diz dirigente. 27-

As escolas estão a fazer o que podem no apoio alimentar a muitos aluno mas não se sabe o que pode acontecer com o novo orçamento do Estado, hoje aprovado.

O documento prevê um corte nas verbas para o ensino básico, o que está a preocupar o presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares, que diz que são cada vez maiores as dificuldades das famílias.

As contas ainda não foram feitas, mas é certo que o ensino básico vai contar com menos dinheiro no próximo ano. O Ministério da Educação e Ciência ainda não disse quanto e onde vai cortar, mas Manuel Pereira, presidente da Associação de Dirigentes Escolares avisa desde já, que as escolas não vão aguentar um corte na acção social escolar: “Se o ministério não mexer na acção social escolar ela consegue ainda dar respostas, mas em termos do Orçamento do Estado a acção social escolar vier a ser prejudicada com quebra de verbas as escolas vão passar um mau bocado”.

Manuel Pereira concorda com o Governo, que hoje voltou a garantir que não há fome nas escolas. O dirigente diz que tal só se verificaria se alguém andasse distraído. Para o director do Agrupamento de Escolas de Cinfães o problema está nas famílias, que passam por dificuldades: “Notamos que as famílias estão a passar dificuldades, no vestuário, no calçado, nos manuais ou na disponibilidade financeira para usar dinheiro em compras na escola, nomeadamente no bar. Notamos isso com muita clareza.”

“Por outro lado notamos um aumento em relação aos anos anteriores do número de alunos que almoça na cantina da escola”, conclui Manuel Pereira.