in Público on-line
Gabinete servia 430 utentes por mês e nele trabalhavam nove técnicos, mas ficou sem dinheiro para pagar salários.
Cáritas diz que haverá um "periodo de vazio" no atendimento aos toxicodependentes Sérgio Azenha .
A Cáritas de Coimbra encerrou esta sexta-feira o seu gabinete de apoio a toxicodependentes na Baixa da cidade, por falta de capacidade de pagar salários.
O gabinete servia 430 utentes por mês e nele trabalhavam nove técnicos.
O projecto que assegurava o funcionamento do gabinete de apoio terminou a 31 de Dezembro, enquanto as candidaturas que permitirão retomar a actividade foram abertas pelo Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e Dependências (SICAD) na última semana de Dezembro, segundo fonte da Cáritas, citada pela agência Lusa.
Criado pelo Governo há um ano, o SICAD substituiu o Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT).
“Espera-se que o encerramento não seja definitivo. Haverá um período de vazio”, adiantou a fonte, realçando que não se sabe quando será possível a reabertura do gabinete, que apoiou 2040 utentes nos últimos dois anos.
A Cáritas de Coimbra dispõe ainda de uma equipa de rua de apoio a toxicodependentes a funcionar no Bairro da Rosa, a qual integra duas técnicas.
O projecto para o Bairro da Rosa, a norte da cidade, termina no dia 31 de Março, estando a troca de seringas, a administração de medicação e a higiene pessoal dos utentes assegurada apenas nos próximos três meses.