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Aumento, nos últimos dez anos, de 47% de gravidezes após os 35 anos. Lisboa e Vale do Tejo é a região onde se encontra a maioria dos concelhos recordistas em maternidade tardia. Idade média da mãe ao nascimento do primeiro filho está nos 29,2 anos. O número médio de filhos é de 1,35.
As gravidezes após os 35 anos dispararam 47%, na última década, enquanto a maternidade antes dos 20 caiu para metade.
Os dados são avançados pela nova plataforma das Administrações Regionais de Saúde mortalidades infantil e confirmam a tendência para a qual os demógrafos e médicos têm alertado: as gravidezes em Portugal são cada vez mais tardias.
Nos Agrupamentos de Centros de Saúde do Baixo Mondego I (que, até ao ano passado ,abrangia os concelhos de Coimbra, Condeixa-a-Nova e Penacova), Lisboa Norte, Oriental e Central e Oeiras a percentagem de mães com mais de 35 anos ultrapassou os 30%, avança o jornal “i”.
Oeiras lidera na proporção de nascimentos na recta final da idade fértil, com 35% dos nascimentos a verificarem-se acima desta idade em que há mais dificuldades em engravidar e os riscos de malformações ou aborto espontâneo são mais significativos.
Na região de Lisboa e Vale do Tejo, onde se encontra a maioria dos concelhos recordistas em maternidade tardia, a proporção média foi de 25,9%.
Opções profissionais, falta de apoios à maternidade ou dificuldades em conseguir estabilidade financeira são algumas das razões apontadas para o adiamento da maternidade.
A idade média da mãe ao nascimento do primeiro filho subiu dos 25 anos, no início dos anos 1990, para os 26,5 no virar do milénio, fixando-se, em 2011, nos 29,2 anos, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).
O índice sintético de fecundidade, usado para medir a capacidade de renovação geracional de um país (e que pesa o número médio de crianças nascidas por mulher em idade fértil, dos 15 aos 49 anos, tendo em conta a taxa de fecundidade vivida no mesmo período, ou seja, o número de nascimentos por cada 1000 mulheres), caiu de 3,16, nos anos 1960, para 1,55, no ano 2000.
Desde então, derrapou até aos 1,35, quando 2,1 crianças por mulher é o nível mínimo de substituição de gerações, sem o qual o país está condenado a uma pirâmide demográfica potencialmente insustentável.