20.4.20

Covid-19: aulas na televisão começam hoje para 850 mil alunos

Claudia Carvalho Silva, in Público on-line

Portugal ultrapassou no domingo o marco dos 20 mil infectados e os Estados Unidos registaram quase 2000 mortes num dia. Por todo o mundo, a pandemia já causou 165 mil mortes e há mais de dois milhões de casos de infecção.

Mais de 850 mil alunos do ensino básico contam a partir desta segunda-feira e durante o terceiro período com aulas de apoio através da televisão, e vão aprender com professores à distância devido à pandemia de covid-19. As aulas começam às 9h e cada aula dura trinta minutos.

Entre as 9h e as 17h30, mais de uma centena de professores vão entrar nas casas dos alunos que poderão aprender sem sair do sofá. São 112 docentes de seis escolas públicas, duas privadas e da ciberescola, no âmbito do programa #EstudoEmCasa, um conjunto suplementar de recursos educativos, criado pelo Ministério da Educação, e que começa a ser transmitido diariamente pela RTP Memória – também podem ser vistas online.

As aulas começam às 9h para os mais pequenos e terminam às 17h30 depois das matérias dadas aos do 9.º ano. A grelha horária está disponível aqui.

A maioria dos alunos tem uma hora de aulas por dia, dividida em dois blocos de 30 minutos. Os professores dos alunos do 1.° e 2.° anos são os primeiros a aparecer no ecrã, surgindo depois as matérias para os do 3.° e 4.° anos. Ao final da manhã, é a vez dos docentes das turmas do 5.º e 6.° anos. Durante a tarde, as primeiras matérias são para os do 7.º e 8.° anos e, finalmente, há um bloco só para os alunos do 9.° ano.

Desde 16 de Março que todos os estabelecimentos de ensino estão encerrados, por decisão do Governo para tentar controlar a disseminação do novo coronavírus, que já infectou cerca de 20 mil pessoas em Portugal. Mais de dois milhões de crianças e jovens, desde creches ao ensino superior, ficaram em casa e a maioria tem aulas à distância através de plataformas online ou trocas de emails com os seus professores.

No entanto, há quem não tenha Internet ou equipamentos para poder acompanhar as aulas. O problema é mais dramático entre os alunos até aos 15 anos.