"O envelhecimento não é apenas uma questão para pessoas idosas: diz respeito a todas as idades e a todas as gerações. Todo o nosso ciclo de vida é afetado pelo envelhecimento, desde o dia em que nascemos. Por isso, tem de ser tomado em conta nas decisões políticas e pessoais para todas as idades", referiu, em conferência de imprensa de apresentação da iniciativa, a vice-presidente executiva para a Democracia e Demografia, Dubravka Suica.
Frisando que, nas próximas décadas, o número de idosos na UE irá aumentar, o executivo comunitário pretende adotar uma abordagem que "reflita o impacto universal do envelhecimento em todas as gerações e etapas da vida", com o objetivo de "encontrar o ponto de equilíbrio certo" entre "soluções sustentáveis para os sistemas sociais" e o "reforço da solidariedade intergeracional".
Nesse âmbito, a Comissão refere que o debate público hoje anunciado irá cobrir áreas que vão "da promoção de modos de vida saudáveis" à "aprendizagem ao longo da vida" e servirá para "olhar para o impacto" que o envelhecimento tem nas "carreiras, reformas, proteção social e produtividade".
Entre as estatísticas apresentadas pela Comissão Europeia para justificar a necessidade do debate público, é referido que a parte da população europeia com mais de 65 anos irá aumentar dos 20% atuais para 30% em 2070.
Já o número de pessoas que precisam de "cuidados a longo prazo" será de 30,5 milhões em 2050, contra os 19,5 milhões atuais.
A fase de consultação pública, que vigorará durante o primeiro trimestre de 2021, servirá para que "cidadãos interessados e organizações" de todos os Estados-membros "identifiquem as necessidades de apoio para as pessoas, as regiões e as comunidades" e irá culminar em propostas políticas da Comissão.