O primeiro-ministro, António Costa, qualificou hoje o Pilar Social de "melhor vacina contra as desigualdades, o medo e o populismo" e defendeu que servirá para "dar confiança aos europeus" de que as mudanças atuais "são uma oportunidade".
"Os populismos que minam as nossas democracias alimentam-se do medo. Concretizar o Pilar Social é por isso a melhor vacina contra as desigualdades, o medo, o populismo", referiu o primeiro-ministro.
António Costa falava durante um debate no Parlamento Europeu (PE), onde apresentou as prioridades da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia (UE) aos eurodeputados.
Frisando que a concretização do Pilar Social é uma prioridade da presidência portuguesa e que servirá de "base de confiança dos europeus na capacidade da Europa liderar as transições climáticas e digitais", António Costa referiu que "não há tempo a perder" e que "é tempo de agir".
Costa quer "motores das transições climática e digital" a guiar retoma
"O desenvolvimento do Pilar Social é fundamental para dar confiança aos Europeus de que as mudanças que estamos a viver não são uma ameaça, mas podem e têm de ser uma oportunidade", destacou o primeiro-ministro.
Nesse âmbito, o chefe do executivo referiu que a sua concretização terá lugar no que qualificou de "evento central" da presidência portuguesa -- a Cimeira Social, a 07 de maio no Porto -- e que irá juntar "os parceiros sociais, a sociedade civil, os presidentes das instituições e os Estados-membros".
"O principal objetivo da Cimeira é dar um forte impulso político ao Plano de Ação, que a Comissão vai apresentar em março e que materializa a ambição expressa pelos nossos cidadãos de pôr em prática os 20 Princípios Gerais proclamados em 2017 em Gotemburgo", frisou.
António Costa explicitou ainda que o Pilar Social servirá para "reforçar as qualificações dos cidadãos", de maneira a que estes "sejam atores e não vítimas" da transição climática e digital, e para "investir mais na inovação" e "reforçar a competitividade" das empresas.
Tudo isto, segundo o primeiro-ministro, permitirá o "reforço da proteção social" e assegurará que "ninguém fica para trás".
O primeiro-ministro, António Costa, na condição de presidente em exercício do Conselho da UE, debate hoje com o Parlamento Europeu, em Bruxelas, as prioridades da presidência portuguesa para o primeiro semestre do ano.
Menos de uma semana após ter acolhido a visita a Lisboa de uma delegação do colégio da Comissão Europeia, liderada pela presidente Ursula von der Leyen, na passada sexta-feira, e de também já ter recebido o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, no lançamento da presidência, no início do mês, Costa completa assim a ronda de discussões institucionais sobre o programa do semestre com o Parlamento Europeu.