Graça Andrade Ramos, in RTP
Apelos à expulsão de ciganos, ou "Roma", da Noruega, estão a dividir opiniões no país. Nas redes sociais, o tom de muitos comentários roça o racismo. O primeiro-ministro da Noruega, Jens Stoltenberg, confessa-se perturbado com a intolerância manifestada, sobretudo na véspera das celebrações do primeiro aniversário do massacre de Utoya, em 22 julho de 2011.
Nesse dia, uma sexta-feira, Anders Behring Breivik fez explodir bombas junto a edifícios governamentais no centro de Oslo e atacou friamente a tiro um acampamento de verão de jovens militantes de esquerda, na ilha de Utoya.
Justificou os actos como uma forma de contestação ao multiculturalismo que, na Noruega, assumiu um acolhimento de braços abertos a pessoas oriundas de outras culturas, as quais, depois, nem sempre se integram nem respeitam as leis norueguesas ou outros cidadãos.
Argumentos que estão agora a surgir nas redes sociais, depois de várias queixas contra grupos ciganos, ou Roma, como são conhecidos.