Por Ana Cristina Pereira, in Público on-line
Propagam-se por toda a Confederação Helvética, em particular pelos cantões de Vaud, Genebra, Valais e Zurique. Os homens já não têm de abrir caminho. Gonçalo seguiu a namorada e muitos outros tentam ali a sua sorte. Partem aos milhares.
Já lá vão quase 50 anos desde que os suíços puseram os portugueses na lista de trabalhadores de "áreas distantes", demasiado diferentes para se habituarem aos seus usos e costumes. Nos últimos anos, os portugueses até parecem estar a tomar a Confederação Helvética de assalto. Desembarcam, em média, mil por mês. Só os alemães os superam. Quem sabe por quanto tempo? A vizinhança alemã - de Baviera e de Baden-Württemberg - está quase com pleno emprego.
Nem meio milhar havia há 40 anos, altura do desembarque de Manuel Beja, conselheiro das comunidades portuguesas. Era desmedido o poder de atracção de França e desencorajador o estigma na Suíça, só revisto na sequência da entrada de Portugal na Comunidade Económica Europeia, em 1986. No final do ano passado, já havia 224.171, com maior incidência em Vaud, Genebra, Valais e Zurique.