Nuno Carregueiro, in Negócios on-line
O número de desempregados inscritos nos centros de emprego em Portugal voltou a aumentar em Junho face ao mês anterior, depois das quedas registadas em Abril e Maio.
O desemprego registado voltou a aumentar em Junho, com o número de pessoas sem trabalho inscritas nos centros de emprego a atingir 645.955, o que representa um aumento homólogo de 24,5% e de 0,7% face a Maio.
O aumento mensal registado em Junho contraria assim a tendência de queda verificada em Abril e Maio, meses em que o desemprego registado tinha descido face aos meses anteriores.
De acordo com o IEFP, em Junho foram 4.733 os desempregados que se inscreveram nos centros de emprego, sendo que desde Junho de 2011 até ao mês passado, o desemprego registado atingiu 127.250 pessoas.
O número de pedidos de emprego nos centros de emprego em Portugal, que inclui os pedidos efectuados por pessoas que não estão desempregadas, atingiu 790.199, o que representa um aumento homólogo de 29,5%. Em sentido inverso, as ofertas de emprego caíram 20,9% para 10.939.
O desemprego em Portugal continua a afectar mais as mulheres (51,5% do total), embora o aumento esteja a penalizar mais os homens (aumento de 29,9%).
O IEFP assinala que o segmento jovem foi o mais afectado pelo agravamento anual do desemprego, com um crescimento de 37,1%, enquanto no caso dos adultos a subida foi de 23%.
No que respeita à escolaridade dos desempregados, o IEFP nota que em todos os níveis verifica-se uma subida comparativamente a Junho de 2011, destacando-se o aumento de 54,5% verificado nos inscritos com ensino superior. São assim já mais de 66 mil os portugueses licenciados que estão no desemprego.
Também na análise por regiões se verifica um agravamento geral do desemprego, sendo que os Açores (43,9%) sofreram o maior agravamento.
Já nos grupos de profissões, destacam-se os “docentes do ensino secundário, superior e profissões similares”, onde o desemprego disparou 150,8% em termos homólogos e atinge agora 7.432 pessoas.
As profissões onde se regista um maior número de desempregados são as de sectores que têm sido mais penalizados pela crise: restauração e construção.Partilhar