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Mota Soares diz que haviam 60 mil pessoas a beneficiar do RSI, com capacidade para trabalho, mas que não estavam inscritas nos centros de emprego
Centros de emprego: Governo «inativo», números «alarmantes»Centros de emprego: inscritos disparam quase 25%O ministro da Solidariedade e Segurança Social considerou esta quarta-feira que o aumento do desemprego em Portugal pode também ser explicado pela recente alteração feita pelo Governo ao Rendimento Social de Inserção (RSI).
De acordo com a informação mensal publicada hoje pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), o número de inscritos nos centros de emprego aumentou 24,5 por cento em junho, em termos homólogos, e 0,7 por cento face ao mês anterior, para 645.995 desempregados.
Assim, no final de junho encontravam-se inscritos nos centros de emprego do Continente e das Regiões Autónomas mais 127.250 indivíduos do que um ano antes. Face a maio, o número de desempregados aumentou em 4.733 pessoas.
Afirmando desconhecer os dados na globalidade e ressalvando que não é uma matéria que esteja sob a sua tutela, Pedro Motas Soares afirmou, citado pela Lusa, que «existiam cerca de 60 mil pessoas que estavam a beneficiar do RSI, que têm idade e capacidade para o trabalho e que não estavam inscritas nos centros de emprego».
«Dissemos que muito provavelmente iria acontecer o fenómeno de subida do número dos desempregados inscritos nos centros de emprego, mas entendemos que é muito importante, com toda a transparência, considerando que o RSI é uma prestação que tem direitos, mas também tem de ter deveres», continuou o ministro.
Para Mota Soares, um dos deveres essenciais é que «as pessoas façam uma procura ativa de emprego, estejam disponíveis para uma ação de formação profissional e isso implica estarem inscritos nos centros de emprego».
O ministro da Solidariedade falava aos jornalistas, em Lisboa, após ter participado num debate promovido pelo International Club of Portugal.