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O Governo anunciou hoje um aumento de quase 50 por cento do número de vagas para os jovens que seguem as vias profissionais do ensino secundário, pretendendo passar dos atuais 18.000 alunos para 30.000, no próximo ano letivo.
“Estamos a promover o aumento de cerca de 50% das vagas, ao nível do sistema de aprendizagem dual, bem como promover alterações de cariz operacional que facilitam o enquadramento deste sistema”, no ano letivo do ensino regular, disse o secretário de Estado do Emprego, numa conferência conjunta com a secretária de Estado do Ensino Básico e Secundário.
Os ministérios da Economia e da Educação e Ciência pretendem “otimizar os recursos públicos disponíveis nas duas redes, através da celebração de protocolos de parceria, entre os centros de formação profissional e escolas básicas, secundárias e profissionais.
Pedro Martins adiantou que estes cursos de aprendizagem se destinam aos jovens entre os 15 e os 24 anos, que pretendam obter uma qualificação profissional, com equivalência ao 12.º ano, contribuindo de “forma eficaz para o aumento dos níveis de empregabilidade e de inclusão social e profissional”.
Estes objetivos são potenciados pela organização da formação em alternância (dual), que envolve a entidade formadora e a empresa, um modelo que tem bastante sucesso em países da União Europeia, observou.
“Estou certo que conseguiremos formar mais jovens para empregos mais qualificados e mais qualificantes e, dessa forma, promover a competitividade e combater o desemprego”, frisou, adiantando que o objetivo é “ajustar a oferta de formação tendo em conta as necessidades e prioridades dos diferentes setores económicos e do mercado de trabalho”.
Pedro Martins adiantou que há uma “bolsa profissionalizante” para os jovens abrangidos por este sistema de aprendizagem dual.
Avançou ainda que estão planeadas mais de 700 ações para iniciar em setembro, nas diferentes áreas de formação, particularmente nas tecnológicas ou outras consideradas prioritárias para os cursos de aprendizagem em 2012, face às necessidades evidenciadas pelas empresas e pelo mercado de emprego
A secretária de Estado do Ensino Básico e Secundário anunciou ainda a “revisão das várias modalidades de ensino profissional e profissionalizante para eliminar as sobreposições e facilitar a legibilidade da oferta formativa”.
Haverá ainda “uma maior flexibilização dos currículos para facilitar uma mais rápida adequação destas formações às necessidades do mercado de trabalho, dos públicos-alvos e das regiões abrangidas”, adiantou Isabel Leite.
As modalidades de cursos profissionais e de cursos de aprendizagem serão progressivamente uniformizadas e serão eliminados progressivamente os cursos secundários com planos próprios, através da sua integração na modalidade de cursos profissionais, avançou.
“Será ainda identificado um conjunto restrito de escolas de referência no ensino profissional, que terão como foco uma área de atividade económica prioritária”, que funcionarão numa região relevante para essa atividade, explicou, adiantando que estes estabelecimentos receberão um “selo de qualidade”.
Alem das componentes habituais de uma escola profissional de jovens, estes estabelecimentos “fornecerão ambientes empresariais para a realização de estágios e realizarão a formação de técnicos para outras escolas e empresas”-