in Jornal de Notícias
É o primeiro estudo nacional de mulheres assassinadas por homens com quem tinham relações de intimidade, realizado a partir das autópsias das vítimas, por Ana Rita Pereira, com coordenação de Teresa Magalhães, diretora do Instituto Nacional de Medicina Legal do Porto.
Da análise de 62 casos - registados entre 2005 e 2007 e comprovados judicialmente - é possível concluir que a violência conjugal é o crime que mais frequentemente (61%) vitima mulheres e traçar um retrato brutal de destruição que atinge toda a família.
Teresa Magalhães salienta o "número chocante" de 21% de menores que presenciaram o homicídio. Crianças que ficaram indelevelmente traumatizadas por verem a mãe ser assassinada pelo marido ou companheiro que, nalguns casos, era também o seu pai. Há, ainda, três situações de violência extrema que resultaram na morte de três menores - o que corresponde a 8% dos casos.