Trabalhadores de equipamentos sociais protestam em Lisboa

por Liliana Carona,in RR

Num comunicado enviado para a Renascença, o Instituto da Segurança Social desmente, contudo, qualquer tentativa de privatização dos seus estabelecimentos.

Os trabalhadores dos equipamentos sociais do Instituto da Segurança Social vão protestar esta tarde em Lisboa contra a privatização de 23 instituições.

A concentração, convocada pela Federação Nacional dos Sindicatos da Função Publica, está marcada para a porta do Instituto da Segurança Social.

Mas o Instituto da Segurança Social insiste que aquilo que se vai passar não é uma privatização, mas sim a transferência da gestão das suas creches e estabelecimentos do ensino pré-escolar para Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS).

Castelo Branco é um dos distritos com mais casos previstos. A Renascença foi conhecer o Centro Infantil de Tortosendo, que vai ter nova gestão, já para o próximo ano lectivo.

A directora Teresa Mendes diz que está confiante que a situação dos trabalhadores se mantenha, mas há uma questão que a preocupa, as mensalidades: “Temos aqui mensalidades bastante acessíveis, as mínimas, temos bastantes crianças a pagar o mínimo, 18,86 euros. Isso não se paga em lado nenhum. Isto é uma instituição pública, com uma nova gestão não sabemos como é que isso vai ficar, como será para as famílias que não podem pagar mais do que o mínimo.”

Goreti Duarte também trabalha no Centro Infantil de Tortosendo, é auxiliar, vê ainda tudo muito nebuloso, quanto ao futuro: “As coisas estão sempre em mudança e a pessoa deixa de ter confiança”.

Na primeira semana de Agosto vão ser lançadas as listas das entidades interessadas que poderão eventualmente ficar com a gestão do espaço, mas a Segurança Social insiste que os trabalhadores não se devem preocupar.

“Reforça-se mais uma vez que esta transferência destes centros integrados não é uma privatização dos equipamentos, como já foi esclarecido”, lê-se no comunicado enviado à Renascença, “e tal como o Instituto da Segurança Social teve oportunidade de informar em carta enviada a todos os trabalhadores e na qual é garantido os seus atuais direitos laborais.”

A concentração dos trabalhadores dos equipamentos sociais do Instituto da Segurança Social decorre a partir das 14h30, em frente da sede daquele Instituto, na Rua Rosa Araújo, em Lisboa.