in Jornal de Notícias
Os portugueses vão ter em 2013 o maior aumento de sempre do IRS. Além da redução dos escalões, o Governo vai avançar com uma sobretaxa de 4%. No final das contas, o esforço será equivalente a 1 salário. Mas outros impostos e medidas vão mexer ainda mais no bolso dos portugueses. Saiba como.
Em 2013 o rendimento disponível mensal dos portugueses vai novamente encolher e deverá, em média, cair o equivalente a um salário, só através da alteração no IRS. Mas nãos e fica por aqui a mão do Fisco no bolso dos portugueses.
1. Sobe o IRS, diminuem os escalões
O Governo vai eliminar três escalões no IRS, fazendo com que passem a existir apenas cinco. A fatura deste imposto deverá subir cerca de três pontos percentuais.
2. IRS a dobrar com sobretaxa de 4%
Os rendimentos de 2013 vão ser sujeitos a uma sobretaxa de 4%, semelhante à aplicada em 2011 no subsídio de Natal. O Governo repete o esquema, mas, em vez de 3,5%, a taxa adicional será de 4% e vem somar-se ao agravamento devido à redução dos escalões.
3. IRS a triplicar com taxa de solidariedade
Quem está no último escalão irá continuar a pagar uma taxa de solidariedade de 2,5%. Na prática, o IRS aqui sobe de 49% para 54%.
4. IMI aumenta sem teto
O Governo vai eliminar a cláusula de salvaguarda do IMI que limitava as subidas deste imposto em 75 euros, em 2013. No final deste ano, deverá ficar concluída a avaliação geral dos 5,2 milhões de imóveis que não foram transacionados depois de janeiro 2004.
5. Tabaco aumenta
O Governo decidiu aceitar a sugestão da Confederação Empresarial de Portugal e aprovar um aumento do imposto sobre o tabaco. A CIP tinha proposto uma subida em 30%.
6. Taxa sobre as transações financeiras
Avança um novo imposto sobre as transações financeiras e capital. As taxas sobre transações financeiras foram apresentadas em Bruxelas e Portugal foi um dos países que apoiaram. Vítor Gaspar destacou o facto de em França o imposto ter rendido entre 350 e 500 milhões de euros. Em Portugal, os "montantes seriam muito menores que estes valores".
7. Empresas vão pagar mais em IRC
Em 2013, o Governo vai baixar a fasquia a partir da qual as empresas pagam a taxa máxima de derrama. Até agora, este patamar começava nos 10 milhões de euros, baixando agora 7,5 milhões. Ao mesmo tempo serão reduzidos os descontos concedidos a empresas que contraíam dívida.