1.10.12

Mais de 25 milhões de europeus desempregados

Nuno Guedes, in TSF

O desemprego na União Europeia atingiu um recorde histórico. A Comissão Europeia fala numa situação social «muito grave».

A Comissão Europeia diz que a situação social é «muito grave» e nunca existiram tantas divergências entre países europeus. Um relatório publicado hoje revela que o desemprego em Julho deste ano atingia 25,3 milhões de europeus.

A análise trimestral do emprego e da situação social na União Europeia (http://ec.europa.eu/social/BlobServlet?docId=8885&langId=en) revela uma Europa cada vez mais a duas velocidades: os países que estavam bem, estão cada vez melhor, enquanto que quem estavam mal não pára de se afundar - Portugal está no segundo grupo.

O Comissário Europeu responsável pelo Emprego, os Assuntos Sociais e a Inclusão, László Andor, sublinha que «a situação que se vive nos Estados-Membros em termos sociais e de emprego nunca foi tão divergente».

O responsável acrescenta que «a diminuição progressiva do rendimento disponível das famílias e a crescente pobreza infantil refletem a existência de uma verdadeira crise de urgência social».

Portugal está entre os países onde o desemprego e a situação financeira das famílias mais se agravaram nos primeiros seis meses deste ano.

Bruxelas diz que o desemprego está em niveis «preocupantes» e atingiu um «recorde histórico» a meio deste ano com 25,3 milhões de europeus desempregados (mais 2,6 milhões do que há pouco mais de um ano).

Os jovens estão entre os mais afectados pela falta de trabalho, num fenómeno particularmente visível em Portugal.

Em paralelo, as perspectivas para encontrar emprego são cada vez piores e o desemprego de longa duração não pára de aumentar.

Neste relatório, a Comissão Europeia deixa outro alerta: A crise está a aumentar a pobreza infantil: «A pobreza infantil está a tornar-se um problema para um número crescente de famílias, devido aos salários insuficientes dos pais e ao apoio inadequado às famílias com filhos a cargo».

Em Portugal a pobreza infantil ultrapassa os 25 por cento, num dos valores mais elevados na União Europeia.