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A exploração laboral tornou-se na primeira causa do tráfico de pessoas, revela um estudo divulgado hoje pela Organização Internacional das Migrações (OIM).
O estudo, elaborado com base nos dados recolhidos junto dos 150 escritórios da OIM em todo o mundo, revela que 3.014 das 5.498 pessoas atendidas pela OIM em 2011 foram vítimas de exploração laboral, 53 por cento de todas as vítimas de tráfico humano que passaram pela organização.
A agricultura, a construção, a indústria mineira, a pesca e os serviços domésticos, são os sectores onde os trabalhadores mais enfrentam condições de trabalho próximas da escravatura, adianta a OIM.
Cerca de 27 por cento das vítimas foram exploradas para fins sexuais, especifica o estudo.
Um terço das vítimas são mulheres e em muitos casos sofreram exploração laboral e sexual.
Ainda assim, o estudo revela um aumento do tráfico de homens.
Os principais países de destino do tráfico de seres humanos foram a Rússia, Haiti, Iémen, Tailândia e Cazaquistão, enquanto a maioria das vítimas eram provenientes da Ucrânia, Haiti, Iémen, Laos, Uzbequistão e Camboja.
Apesar de sublinhar a dificuldade de quantificar o tráfico humano à escala global, a OIM estima que nos últimos 10 anos nove milhões de pessoas foram vítimas deste crime.
A instituição estima ainda que as redes criminosas ganham anualmente 32 mil milhões de dólares (24,6 mil milhões de euros) como benefício directo da exploração e tráfico de pessoas.
Lusa/SOL