in Jornal de Notícias
A concessão de crédito ao consumo diminuiu 6,6% no primeiro trimestre, face ao período homólogo, exceto no caso dos empréstimos para uso pessoal, que aumentaram 4,5%, segundo a Associação de Instituições de Crédito Especializado.
Nos primeiros três meses de 2013, o montante de crédito pedido atingiu os 860 milhões de euros (921 milhões no trimestre homólogo), destacando-se a quebra de 12,6% no crédito clássico concedido a particulares (destinado a financiar automóveis e artigos para o lar, por exemplo) e de 3,5% nos empréstimos às empresas.
A Associação de Instituições de Crédito Especializado (ASFAC) representa o setor do financiamento especializado ao consumo e conta com 31 membros dos quais 25 instituições de crédito especializadas neste tipo de créditos, como a Cofidis, Credibom e Cetelem.
Entre janeiro e março de 2013 foram celebrados 83.806 contratos de crédito, dos quais 98% com particulares.
O valor médio por contrato foi de 3.267 euros (-7,5% do que no trimestre homólogo).
Os empréstimos para aquisição de meios de transporte sofreram o maior recuo (16,9%), seguindo-se o crédito lar (10,3%), enquanto o crédito pessoal aumentou 4,5% face ao primeiro trimestre de 2012.
O crédito 'revolving' (contrato com um limite máximo de crédito que pode ser utilizado ao longo do tempo e reutilizado à medida que o saldo em dívida vai sendo amortizado) cresceu 35%.
Esta subida, refere a ASFAC, "confirma o movimento ascendente que se observou ao longo de 2012", justificado com o aumento do número de pontos de venda destes produtos.
O crédito 'stock' (destinado a fornecedores) registou uma evolução inversa, com uma quebra de 20%.
Os últimos dados do Banco de Portugal dão conta de um recuo do 'stock' total de crédito ao consumo.
No final de março, o stock total era de 12.929 milhões de euros, um recuo face aos 13.069 milhões de euros do mês anterior e aos 13.371 milhões no final de dezembro.