in Dinheiro Vivo
As famílias continuam a tirar as suas poupanças da dívida pública portuguesa, com o valor aplicado em certificados de aforro e certificados do tesouro a voltarem a cair em abril. Segundo a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública -- IGCP, o valor aplicado pelos particulares em certificados de aforro no final de abril caiu dois milhões de euros, para os 9.691 milhões de euros
Apesar do valor ser residual, o Ministério das Finanças e o IGCP decidiram no final do ano passado melhorar a rendibilidade deste instrumento para impedir o forte desinvestimento que estava a acontecer nos certificados de aforro. Isto aconteceu após a suspensão de novas subscrições de certificados do tesouro, que tinham sido criados em 2010 precisamente para atrair poupanças que os certificados de aforro não estavam a conseguir captar.
Como a sua rendibilidade estava indexada aos juros das Obrigações do Tesouro no mercado secundário e estes sofreram fortes agravamentos na sequência do pedido de ajuda financeira ao Fundo Monetário internacional e à União Europeia, o Governo limitou por várias vezes aquilo que seria a subida natural da rendibilidade deste instrumento até suspender definitivamente as subscrições.
O valor investido em certificados do tesouro não havia crescido muito mas tem descido agora, perdendo mais 5 milhões de euros em abril, e situando-se nos 1.403 milhões de euros.
Com Lusa