Por Ana Tomás, in iOnline
O relatório será divulgado na cimeira da próxima semana, que contará com a presença de cerca de 500 representantes das instituições da união europeia, de governos e parlamentos nacionais, de organizações internacionais, da sociedade civil e do poder local
A União Europeia discute, no dia 4 de Abril, numa cimeira, em Bruxelas, a evolução da integração dos ciganos nos países do espaço comunitário, com base no mais importante relatório sobre o tema, segundo a Comissão Europeia.
O documento apresenta os progressos realizados nos Estados-membros desde 2011, quando a Comissão instituiu um quadro para as estratégias nacionais de integração dos ciganos. O objectivo é analisar a situação nos 28 países comunitários em domínios‑chave como a educação, emprego, saúde e habitação, o combate às discriminações e a utilização de fundos.
“As conclusões serão também incorporadas no processo anual do semestre europeu para a coordenação das políticas económicas, que poderá resultar na elaboração pela União Europeia (UE) de recomendações específicas por país com conteúdos ligados aos ciganos”, refere a Comissão.
O relatório será divulgado na cimeira da próxima semana, que contará com a presença de cerca de 500 representantes das instituições da união europeia, de governos e parlamentos nacionais, de organizações internacionais, da sociedade civil (incluindo organizações de ciganos) e dos órgãos de poder local e regional.
Além da divulgação do documento, na reunião os participantes vão também apresentar os seus pontos de vista sobre os progressos já realizados e sobre a forma de melhorar a integração dos ciganos, no futuro.
O encontro vai centrar-se em três desafios para melhorar a integração dos ciganos a nível local: assegurar a abrangência das políticas para todos os ciganos a nível local, contribuir para que o financiamento da UE chegue aos órgãos de poder local e regional, para apoio à integração dos ciganos e tornar a integração dos ciganos uma realidade local nos países do alargamento.
Entre os oradores que vão participar na cimeira, contam-se o Presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, o Presidente da Roménia, Traian Băsescu, a Vice-Primeira-Ministra da Bulgária, Zinaida Zlatanova, e ministros e secretários de Estado de nove outros Estados‑Membros da UE, bem como personalidades não-governamentais, como é o caso de George Soros, presidente das Open Society Foundations, e Zoni Weisz, sobrevivente do holocausto dos ciganos.