Por: tvi24 / DC
Secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares da Igualdade analisa dados do INE
A secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares da Igualdade recusou hoje que a crise esteja a afetar mais as mulheres e apontou que houve quase 10 mil empregos entre o terceiro e o quarto trimestre de 2013 para o lado feminino.
Teresa Morais, que falava na Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, admitiu não ter como proteger as mulheres da crise e dos seus efeitos nefastos, mas garantiu que o Governo tem feito tudo o que está ao seu alcance para minimizar o impacto.
«A tendência tradicional do perfil do desemprego, com taxas de desemprego das mulheres a superarem em muito a dos homens, inverteu-se em curtos períodos de tempo em 2012 e 2013 e apresentou no último trimestre um diferencial de um ponto percentual», defendeu.
Tendo em conta os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) relativos ao último trimestre de 2013 e comparando com o período homólogo de 2012, Teresa Morais sublinhou que o emprego entre os homens aumentou 0,2%, enquanto o emprego entre as mulheres aumentou 1,2%.
«Significa que o emprego das mulheres tem crescido mais do que o dos homens e que a taxa de desemprego das mulheres é neste momento menor em relação ao desemprego dos homens. A diferença é menor do que foi no passado», sustentou.
Estas análises levam a secretária de Estado a afirmar que entre o terceiro e o quarto trimestres de 2013 houve um aumento de 9.600 empregos entre as mulheres.
Já no que diz respeito à presença de mulheres nos conselhos de administração das 20 empresas portuguesas cotadas em bolsa (PSI20), Teresa Morais diz ter havido uma ligeira subida de 7% em 2012 para 9% em 2013, o que melhora ligeiramente a posição de Portugal em relação aos restantes países da Europa.
«Neste momento há cinco estados membros da União Europeia mais a Turquia que estão piores do que Portugal», referiu, fazendo alusão a uma declaração sua o ano passado na mesma comissão, em que dava conta de só existirem dois países piores do que Portugal.
Já no que diz respeito às nomeações feitas pelo Conselho de Ministros para os órgãos de administração das empresas do setor empresarial do Estado, a secretária de Estado adiantou terem sido 37,5% de mulheres.