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O presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social, D. Jorge Ortiga, congratula-se com o facto de a redução das desigualdades sociais passar, agora, a ser uma prioridade do Estado, conforme foi dito por Pedro Passos Coelho esta terça-feira.
“Já não é sem tempo. Congratulo-me com esta iniciativa porque é urgente, sabendo que isto é difícil: fazer com que todos os portugueses tenham uma vida digna”, considera o arcebispo primaz de Braga.
É um trabalho urgente, embora difícil, reconhece D. Jorge, acrescentando que deve passar pelo apoio social mas, sobretudo, pelo trabalho e melhores salários.
“Na sociedade moderna não é possível viver sem assistência social, mas penso, e tenho sublinhado variadíssimas vezes, que o grande problema é precisamente a carência de trabalho e, consequentemente, o desemprego e os baixos ordenados”, refere.
Em jeito de resposta ao relatório do Instituto Nacional de Estatística que dá conta de quase dois milhões de portugueses em risco de pobreza, o primeiro-ministro, Passos Coelho, garantiu esta terça-feira que daqui para a frente o Governo vai olhar pelas políticas sociais.
Os mesmos números revelam que aumentou o número de portugueses que não conseguem pagar a renda ou uma refeição com carne ou peixe: de 2012 para 2013, a percentagem daqueles que vivem em privação severa subiu 2,3 pontos percentuais (p.p.).