Confederação compreende propostas do Governo para alargar licenças parentais e teletrabalho, mas não quer trabalhadores a decidir a título individual.
O presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), João Vieira Lopes, teme que a proposta do Governo para que avós, tios e irmãos possam receber, em certos casos, a licença parental que até agora só pode ser atribuída ao pai e à mãe, mas também que mães e pais com filhos menores de 8 anos tenham o direito a ficar em teletrabalho se isso for compatível com as respetivas funções, possa colocar em causa a viabilidade de algumas empresas.
Em declarações à TSF, o responsável pela CCP explica que, embora perceba a necessidade de "proteger a natalidade e a terceira idade", a aplicação da medida deve ter em conta a dimensão e viabilidade das empresas, já que "uma que tenha 500 pessoas terá, provavelmente, maior facilidade em encontrar soluções internas de substituição".
Além deste alerta, a CCP mostra-se também "totalmente contra" opções individuais do trabalhador quanto ao teletrabalho.