20.7.21

Funchal apoia projeto para prestação de apoio a grupos vulneráveis e em exclusão social

Ruben Pires, in Económico

No âmbito deste projeto estão a ser acompanhadas 68 pessoas em situação de sem-abrigo, 115 pessoas consumidoras de substâncias psicoativas e 15 pessoas trabalhadoras do sexo.

A Câmara Municipal do Funchal está a apoiar a implementação do projeto Alternativa, criado pela assistente social Águeda Figueira e pela psicóloga Sandra França, que tem como objetivo a prestação de apoio psicossocial de proximidade a grupos de maior vulnerabilidade e em situação de exclusão social, onde se inclui pessoas em situação de sem-abrigo, consumidores de substâncias psicoativas e trabalhadoras/es do sexo.

“Este projeto apresenta-se como uma nova solução no campo social para a cidade do Funchal, atuando em contexto de rua junto da população mais vulnerável, visando satisfazer algumas das suas necessidades básicas e prioritárias. A Câmara Municipal do Funchal continua, assim, a trabalhar esta questão de forma proativa e empenhada, no sentido de dar mais e melhores respostas a um problema que nos toca a todos enquanto sociedade, mesmo sabendo que algumas destas questões não são de tutela municipal, mas sim regional”, diz Miguel Gouveia, presidente da Câmara Municipal do Funchal.

No âmbito do projeto já estão a ser acompanhadas 68 pessoas em situação de sem-abrigo, 115 pessoas consumidoras de substâncias psicoativas e 15 pessoas trabalhadoras do sexo.

Em junho os elementos do projeto Alternativa e colaboradores do município procederam à georreferenciação da população-alvo e das suas dinâmicas, tendo sido realizadas 36 saídas para o terreno, 848 contatos presenciais, 124 por telefone, 28 atendimentos, 20 acompanhamentos e 94 situações de articulação e encaminhamento para entidades competentes.

“É importante estabelecer uma relação de proximidade e de confiança entre os técnicos e estes cidadãos, para que estes sintam que não estão sozinhos e que existem pessoas e uma cidade que se preocupa com elas”, referiu o autarca.

Miguel Gouveia sublinha que “este é um trabalho difícil, mas que permite que as equipas cheguem a respostas importantes que facilitem o processo de ajuda, como saber quais as razões que levaram estas pessoas para a rua, quais as dificuldades e problemas que enfrentam diariamente e quais as suas perspetivas de vida, entre outras. Neste sentido, a equipa de rua tem-se tornado numa referência para as pessoas que acompanha, que já solicitaram a intervenção dos técnicos do projeto em diversas situações que requerem alguma complexidade”.

O projeto Alternativa tem também entregue material diversos onde se inclui: máscaras cirúrgicas, gel desinfetante, roupas, calçado, cobertores, produtos de higiene (giletes, pensos higiénicos, tampões, cotonetes, pensos rápidos, toalhitas íntimas), preservativos, produtos de desinfeção e cicatrização de feridas, lanches, entre outros.

O autarca sublinha que esta é uma causa que toca a todos “e à qual nenhuma entidade pública deve deixar de contribuir ou de se empenhar na sua resolução”.