in Público on-line
A Câmara Municipal da Moita apresentou hoje o Manual de Acolhimento ao Imigrante, um documento que resulta do diagnóstico efectuado no concelho e que procura responder a problemas como a legalização ou a integração.
A vereadora Vivina Nunes, com o pelouro da Acção Social, disse à Lusa que a autarquia realizou um diagnóstico junto da comunidade imigrante não originária de países da União Europeia, de modo a conhecer as dificuldades, a realidade do concelho e as medidas necessárias, no âmbito de uma iniciativa do Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural.
“Queríamos conhecer a nossa realidade a nível dos imigrantes e por isso até aprofundámos o documento do Alto Comissariado. Os resultados, baseados em dados referentes a 2009, apontam para 3.277 imigrantes legais no concelho, de países fora da zona euro, com predominância para as freguesias do Vale da Amoreira, mais de metade, e Alhos Vedros”, afirmou.
A autarca referiu ainda que existe uma predominância de imigrantes de países africanos de língua oficial portuguesa, com 30% oriundos de Cabo Verde, 26% da Guiné e 18% de Angola.
Existem também registos de outros países como Brasil, China, Paquistão, Ucrânia ou Moldávia, mas em nenhum dos casos os valores chegam aos 10%.
A imigração ilegal é um problema no concelho da Moita, mas Vivina Nunes garante que os números têm vindo a diminuir.
“Temos um Centro Local de Apoio ao Imigrante que é dos que mais atendimentos faz no país e a maioria do trabalho está relacionada com a legalização. Temos conhecimento da imigração ilegal, mas é cada vez menor, devido ao combate que tem sido feito”, explicou.
Depois do diagnóstico, a autarquia avançou para o Manual de Acolhimento ao Imigrante, que visa ajudar os imigrantes a resolver problemas identificados, como a legalização ou a integração.
“O documento surge como respostas às necessidades identificadas, como quais as estruturas de apoio e identificação do território existentes para ajudar à integração ou onde se podem deslocar para avançarem com a legalização”, concluiu.
A autarquia vai disponibilizar a partir de hoje os dois documentos na internet e nas bibliotecas municipais do concelho.


