18.10.12

Guimarães 2012 apresenta livro que espelha quotidianos de pobreza

in Correio do Minho

Guimarães 2012 apresenta, esta quarta-feira, 17 de Outubro, o livro “Oh mãe, deia-nos pão - Escutando quotidianos de pobreza”. Resultado de um exaustivo trabalho de investigação do Instituto Paulo Freire de Portugal, trata-se da segunda obra de uma colecção de cinco volumes que retrata várias facetas da vida quotidiana da cidade berço. O livro, que se centra na problemática da pobreza, não se foca em relatos de memórias e situações, procura sim dar a conhecer a violência que representa viver actualmente em condições que não são compatíveis com a dignidade humana. A apresentação está agendada para as 21h30, no Auditório da Fraterna, em Guimarães.

O dia 17 de Outubro marca ainda a inauguração da exposição fotográfica do grupo de Fermentões, criada no âmbito do projecto “Imagens à Margem”. A mostra resulta de uma formação de fotografia e cidadania ministrada aos utentes da Casa do Povo de Fermentões, que teve como propósito o desenvolvimento de acções capazes de promover o envolvimento das populações na identificação dos seus problemas e das respectivas soluções. A exposição - que representa as interpretações que cada um dos participantes possui sobre o seu futuro - pode ser visitada até ao próximo dia 4 de Novembro, no Auditório da Fraterna.

Obras que espelham o quotidiano de Guimarães

O bispo emérito de Setúbal, D. Manuel Martins, e Fernanda Rodrigues - doutorada em Serviço Social, investigadora da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da UP e ex-coordenadora do Plano Nacional de Acção para a Inclusão (2006-2010) - já confirmaram presença na apresentação do livro e da exposição. Luíza Cortesão, coordenadora do trabalho de investigação, e alguns membros da equipa de trabalho estarão também a acompanhar o evento.

As restantes três obras que compõem a colecção criada em parceria pela Capital Europeia da Cultura e pelo Instituto Paulo Freire de Portugal serão apresentadas até ao final de 2012. “Marcha da fome de Pevidém: Memórias de um passado na inquietude do agora”, “O mundo todo é de todo o mundo - Narrativas de migrantes em Guimarães” e “Caleidoscópio de fragmentos culturais - Olhando e escutando Guimarães” são os títulos das obras que se seguem.

Relembre-se que em 2012 Guimarães é Capital Europeia da Cultura, acolhendo um grande encontro de criadores e criações — música, cinema, fotografia, artes plásticas, arquitectura, literatura, pensamento, teatro, dança e artes de rua. Vão cruzar-se os produtos artísticos imaginados e gerados pelos seus residentes com os que de toda a Europa afluirão à cidade. Ao longo de um ano, Guimarães será promotora da diversidade cultural que caracteriza a Europa, dando a conhecer as suas manifestações culturais e acolhendo as de outros países.


*** Nota do Gabinete de Comunicação de 2012 Guimarães Capital Europeia da Cultura ***