in Agência Financeira
Destinam-se sobretudo a pessoas com qualificações elevadas. Mas também há o reverso da medalha: há mais gente abaixo do limiar da pobreza
É verdade que, pela primeira vez em 14 anos, os salários caíram em Portugal. Mas há quem consiga escapar às estatísticas negras.
Os novos empregos criados nos últimos dois anos fizeram com que mais 73 mil pessoas estejam a ganhar melhor, entre 900 e 1.800 euros por mês.
O balanço do Instituto Nacional de Estatística (INE), que é citado pelo «Jornal de Notícias», diz respeito ao período que vem desde 2010, embora em 2011 se tenha assistido a um recuo nas remunerações.
Também há o reverso da medalha. Há igualmente mais pessoas abaixo do limiar de pobreza: 26 mil só levam até 310 euros para casa.
Quem tem baixas qualificações e empregos indiferenciados é mais penalizado pelo desemprego, enquanto as qualificações elevadas e a experiência profissional permitem uma remuneração ascendente quando se tem novo emprego.
O docente Luís Bento, da Universidade Católica de Lisboa, deu até um exemplo ao JN: o caso das empresas exportadores, que precisam de reforçar quadros. Num mercado de concorrência, quem quer os melhores tem de oferecer um salário mais apetecível para convencer o trabalhador a mudar e integrar a sua empresa.