in Público on-line
As famílias que vivem no distrito de Lisboa e no centro do país são as que recebem mais ajudas das autarquias, segundo o Observatório das Autarquias Familiarmente Responsáveis, que este ano vai premiar 35 municípios.
Dos 308 municípios portugueses, apenas 103 responderam ao inquérito do Observatório das Autarquias Familiarmente Responsáveis (OAFR), que avalia as ajudas prestadas em áreas tão distintas como o apoio à maternidade e paternidade, a educação ou a cultura e lazer.
O OAFR vai distinguir este ano 35 municípios com o título de Autarquia + Familiarmente Responsável 2012, segundo os resultados divulgados esta terça-feira por aquele organismo, que deixou de fora as restantes 68 câmaras concorrentes.
No centro, as câmaras municipais premiadas foram Coimbra, Cantanhede, Lousã, Mealhada, Fundão, Guarda, Seia, Miranda do Corvo, Estarreja, Águeda e Vila de Rei.
No distrito de Lisboa, foram selecionadas as autarquias de Cascais, Amadora, Lisboa, Loures, Oeiras, Montijo, Sintra, Vila Franca de Xira e Torres Vedras.
As câmaras municipais de Santarém, Torres Novas e Abrantes também vão receber o galardão, que será ainda atribuído a cinco municípios nortenhos - Boticas, Vieira do Minho, Póvoa de Lanhoso, Vila Nova de Foz Côa e Vila Real, que tem sido apontada nos últimos anos como “câmara modelo” no que toca a políticas de ajuda às famílias.
No Alentejo, apenas Évora e Mértola se destacaram e, no Algarve, Faro e Vila Real de Santo António. Nas ilhas, Angra do Heroísmo, Funchal e Praia da Vitória foram as autarquias vencedoras do galardão, que será atribuído no dia 24 de outubro.
As ajudas às famílias com necessidades especiais, os serviços básicos prestados, a educação e formação foram alguns dos itens avaliados pela comissão do observatório, que analisou também as questões relativas à habitação e urbanismo, os transportes, a saúde, a cultura e o desporto.
O lazer e tempo livre, a cooperação, as relações institucionais e participação social também não foram esquecidas, num inquérito que teve ainda em conta as boas práticas das autarquias para com os seus funcionários em matéria de conciliação entre trabalho e família.
“Hoje, mais do que nunca, as políticas de apoio à família, são essenciais. Na crise que atravessamos, nos dias difíceis que estamos a viver e que vão agravar-se, as redes familiares amortecem as consequências do desemprego, da perda de habitação, do empobrecimento. As políticas de apoio à família mais eficazes, são as de proximidade”, lembrou Margarida Neto, membro do observatório.
A cada município vencedor irá ser entregue a bandeira verde da iniciativa Autarquia + Familiarmente Responsável 2012.