in Público on-online
O presidente da Comissão Europeia (CE), Durão Barroso, criticou hoje, sem os nomear, governos europeus que estão a travar, no debate do próximo orçamento europeu, medidas para apoiar trabalhadores desempregados e combater a pobreza.
“A verdade é que nas negociações actuais sobre o futuro orçamento, há alguns governos na Europa que querem cortar propostas que são essenciais de um ponto de vista de solidariedade social”, disse, em declarações aos jornalistas em Cádis, Espanha, à margem da Cimeira Ibero-Americana.
“É isso que explica a indignação que já existe em muitas partes da Europa”, disse.
Entre os programas que estão a ser bloqueados por alguns governos, contam-se medidas para apoiar trabalhadores sem trabalho e sem subsídio de desemprego e para combater a pobreza.
Paralelamente, Barroso criticou o facto de alguns parceiros europeus pretenderem impulsionar o crescimento mas depois, no debate orçamental, “não quererem apoiar o principal instrumento para estimular o crescimento”.
O presidente da CE considerou “muito difícil” que se consiga chegar a um acordo sobre o orçamento europeu na próxima semana, afirmando que o impasse só se resolverá com o compromisso de todos.
“Sabemos que há sempre que procurar o compromisso. Queremos uma solução que possa interessar a todos, aos países da coesão e aos contribuintes líquidos”, disse.
“Parece-me que vai ser muito difícil chegar a um acordo na próxima semana. É necessário que todos os governos possam chegar a Bruxelas com espírito de compromisso”, disse.
Para Barroso “seria muito mau para a Europa que, nestas condições particularmente difíceis, a mensagem dos governos europeus fosse de que não estão empenhados em contribuir para uma agenda de crescimento para os próximos sete anos”.


