in RR
Bispo do Porto apela ao entendimento de todos os partidos para a discussão sobre a reforma do Estado.
A reforma do Estado só é possível com a participação de todos, considera D. Manuel Clemente. À margem da homilia da missa celebrada no dia dos Fieís Defuntos, o bispo do Porto mostrou-se esperançado em dias melhores mas disse ser preciso a colaboração de todos para sair da crise.
A colaboração é necessária mas, segundo o bispo, carece de atenção por parte dos governantes: “Isso já não funciona assim porque os próprios governantes, seja em Portugal seja no estrangeiro, também já não vêem um palmo à frente do nariz.”
“Mais uma vez estamos diante de uma temática em que ninguém pode ficar de fora. Nós sabemos que o debate político e partidário, muitas vezes vive mais de divisões do que de aproximações, mas aqui é que se vê a grandeza das pessoas e, enfim, a sua capacidade de perceber o conjunto e olhar para a frente conjuntamente naquilo que é essencial e não pode ser resolvido particularmente.”
Sobre a reforma do Estado D. Manuel Clemente considera ser preciso salvaguardar ao menos o essencial daquilo que se conseguiu. “Há aqui uma série de dados novos que requerem muita ponderação, muita reflexão, para garantir ao menos o essencial daquilo que se conseguiu, mas admito que isso seja uma grande dúvida para qualquer Governo.”
D. Manuel Clemente apela, por isso, ao entendimento de todos os partidos, para a discussão sobre a reforma do Estado.