22.11.12

Há mais imigrantes e a viver maioritariamente em Lisboa

in Jornal de Notícias

O número de estrangeiros residentes em Portugal cresceu quase 70% entre 2001 e 2011, situando-se nos 400 mil, a maioria do Brasil, Cabo Verde e Ucrânia, segundo os resultados definitivos dos Censos 2011.

Os resultados definitivos dos Censos 2011, divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), revelam ainda que a maioria dos cidadãos estrangeiros reside em Lisboa.

Dos 394.496 estrangeiros a residir em Portugal em 2011, 109.787 tinham origem no Brasil, a comunidade estrangeira com mais peso entre a população residente - representa 28% dos estrangeiros no país - e aquela que mais cresceu na década em análise, quase triplicando em relação aos 31.869 brasileiros registados pelos Censos de 2001.

Os imigrantes com origem em Cabo Verde são 10% dos estrangeiros residentes e os oriundos da Ucrânia 9%.

Os Censos 2011 revelaram ainda que o total de angolanos a viver em Portugal decresceu na década em análise de mais de 37 mil habitantes para cerca de 27 mil.

Por outro lado, as populações romena e chinesa a residir no país foram aquelas que registaram um maior crescimento passando, em ambos os casos, de uma população de cerca de dois mil habitantes em 2001, para 24.356 romenos em 2011 e 11.458 chineses em 2011.

Os estrangeiros em Portugal enquadram-se sobretudo na faixa da população ativa - 82,4% dos estrangeiros estão em idade ativa, contra 65,5% dos portugueses - e a idade média dos cidadãos imigrantes é de 34,2 anos, contra os 42,1 anos da população portuguesa.

Os imigrantes vivem maioritariamente na região de Lisboa, com 51,6% dos estrangeiros a escolher esta região para se fixar, representando cerca de 7% da população total.

Outros 13,2% escolheram o Algarve para viver, mas neste caso representam 12% da população estrangeira residente.

Os Censos 2011 contabilizaram também o número de portugueses regressados ao país, depois de já terem vivido no estrangeiro, apontando para um valor de 1,4 milhões de cidadãos.

Os portugueses regressados escolheram, maioritariamente, como países de acolhimento no estrangeiro a França (26,3%), Angola (15,2%), Moçambique (7,8%), Alemanha (7,6%) e Suíça (7,2%).